terça-feira, dezembro 26, 2006

"What you see is, what you get!"

Quando conhecemos alguém novo, geralmente, se nos agrada queremos também agradar, não sei se essa posição do agradar é a mais correcta, pergunto-me a mim mesma uma infinidade de vezes de sermos nós próprios não será de facto o suficiente para que seja possivel um entendimento entre ambas as partes?
Já me apercebi rapidamente de duas coisas, uma delas é que não consigo andar a agradar ninguém, a outra é que devo ter mesmo um feitio bem engraçado, do ponto de vista de um cangalheiro...
Conheço pessoas que mudam o tom de voz, mudam os gostos musicais, mudam a roupa toda do armário, mudam certos comportamentos, por exemplo deixam de fumar ou de se maquilhar, deixam de lidar com os amigos de sempre...eu acho estranho.
Ninguém gostará de nós, se não formos nós mesmos, sempre me disseram isso, mas e se as pessoas mal sabem quem são? Se realmente não se conhecem a si mesmas e se tentam de alguma forma se reinventarem através de um reflexo que surge aos olhos dos outros? E será que é uma imagem correcta? Fidedigna? Não acredito no que os outros me dizem em relação a mim, não me revejo na maior parte das imagens que tentam fazer de mim, se calhar por ser imensamente simples, mas não sirvo de exemplo para ninguém...
A minha mãe costuma me dizer que devia ser mais flexivel na minha forma de ser, não ser tão obstinada nas minhas ideias e ser capaz de as moldar aos outros, infelizmente nunca ouvi a minha mãe, lembro-me sempre do que ela diz, raramente concordo e definitivamente nunca faço o que ela sugere.
O meu ex namorado sugeria muitas vezes que existiam coisas que eu devia mudar em mim, talvez por isso mesmo ele, hoje seja "ex", não conseguia lidar ou compreender alguns aspectos da minha personalidade, não o culpo a ele, muito menos a mim, eu aceito-me como sou pois entendo que não consigo mudar por mais que tentasse, as minhas atitudes são coisas que não consigo planear, as minhas ideias não mudam com o nascer de cada dia, sou voluntariosa também, se querem que vá para a direita eu irei sempre pela esquerda, interpreto as coisas muitas vezes como uma ordem, e sabem, sou militar a 8 anos, acham que não ando cansada de ordens?? Muitas vezes pensava que não ia conseguir sobreviver neste mundo exactamente pela minha dificuldade em fazer a vontade aos outros, tirar prazer da contrariedade é um ponto contra mim, reconheço, mas também não o mudo. Porque querem que eu mude? Porque querem mudar as outras pessoas? Nunca senti necessidade de mudar nada, ninguém, aceito as coisas como elas são, aceito a sua natureza, e embora não aceite que me mudem, apenas reservo-me ao direito de pensar pela minha cabeça.
Roo as unhas, vai ser sempre considerado um defeito, mas por vezes deixo-as crescer, mas faço-o por vontade minha e não porque me dizem para o fazer, fumo, é um defeito também, ninguém vai considerar isso uma atitude inteligente quando nem eu mesma o considero, mas já passei um ano sem pegar num cigarro só porque um dia resolvi que me sabia mal, decisão minha, tal como foi decisão minha voltar a fumar. Se a minha mãe teve um parto perfeitamente normal, se criou uma criança perfeitamente normal porquê que agora, pessoas que nada me são vão querer contrariar a minha essência e, porque teimam em algo que nunca vão conseguir? Pelo desafio, ou somente pelo gosto de infernizar a vida dos outros? Se é para isso viro de imediato um bicho social, não me dou a ninguém, pois reconheço a pouca importância que os que me rodeiam têm, apenas a minha familia conta na minha vida, é o meu amor garantido e certo, se algum dia tiver que melhorar algo, não mudar, mas melhorar será porque eles me demonstram que realmente estou errada, coisa que não tem acontecido...
Na minha forma de pensar existem pessoas que nos aceitam e adoram exactamente como somos, não precisamos de inventar um teatro ou fazer um filme e sermos o que nunca fomos, uma forma reinventada de um nosso "eu" com a qual não nos identificamos só para que consigamos nos relacionar com as outras pessoas e agradar de modo a levar a água ao moinho. Se eu aceito os outros os outros têm que me aceitar a mim, sem regras, sem problemas ou crises de maior, odeio tempestades em copos de água.
O meu chefe diz-me sempre "What you see is, what you get" e sabem, não existe nada de mal nisso, resta é encontrar quem consiga lidar com tudo o que isso acarreta.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

E lá vem O Natal...

Este ano...nada de prendas, pois também não gosto, nada da comida da mãe, pois estou de serviço, nada de fazer a árvore...pois estou de serviço...enfim, o dia que mais gosto do ano, o dia em que mais adoro estar em casa, sem fazer absolutamente nada vou passa-lo longe dela, fechada no meu mundo por 24 horas infernais, com pessoas que pouco ou nada me dizem.
Por isso, julgo eu, isto é a vingança do cabrão do Pai Natal, dá-me sempre prendas especiais para que eu nunca me esqueça, uma delas é o serviço a outra uma ida ao dentista...Venha o diabo e escolha, embora o meu dentista seja provavelmente o homem mais lindo que já vi e claro, o que me mantém por mais tempo a boca aberta.
Não tenho tido dias animados, eles têm passado lentamente, como se fosse a viuva que aguarda pela chegada do corpo do marido falecido a beira mar, só quer que o devolvam, eu só quero que me devolvam a minha alegria, não sei porque motivo especial ela foi-me retirada, simplesmente não me sinto feliz, não sou feliz. Parece que tudo o que me tem acontecido tem sido em função desse objectivo, manter-me triste e apagada, pensava que gastar 40 contos em botas iria resolver, nope, agora tenho dois pares fantasticos de botas espetadas a um canto, ainda por estrear, pensei que um namorado fosse me animar, eu até já me decidi a corre-los a pedrada, simplesmente não quero, pensei que ir a casa como fui o fim de semana passado resolvesse, negativo, tanto frio que apanhei que se sorrisse partia de facto os dentes...amigos...tenho aos potes, se calhar não daqueles amigos que vão ficar comigo para toda a vida, mas também nunca ficam, isso seria uma utopia, mas tenho sim um melhor amigo e tem sido com ele que tenho conversado porque não me apetece falar com mais ninguém.
Os meus dias são passados a jogar, a fumar, a dormir, e claro a ver o CSI, parece que cheguei aquela fase em que baixei os braços, não me apetece nada, não me apetece mesmo aborrecer-me com nada...
Um bom Natal e aproveitem, graças a Deus, as rabanadas só existem nesta altura!

terça-feira, novembro 14, 2006

Radar...operacional a 110%

Quando procuramos algo, as vezes o mais certo é encontrarmos o que não queremos vêr.
Quantas vezes não tivemos nós amigas que são um bocadinho neuróticas com os namorados? Ou melhor, quantas vezes não fomos nós mesmas a neuróticas neste teatro? Verdade seja dita, quando queremos encontrar algo que nos abale a fé no caractér dos homens mais cedo do que pensamos, o que tanto escarafunchamos, vem simplesmente de encontro a nós.
Tenho uma pequena intuição, ela não é lá grande coisa, mas de vez em quando lá vai funcionando e quando sinto que "Algo cheira mal no Reino da Dinamarca", geralmente é porque, realmente, algo podre mora ao pé de mim e eu ainda não liguei o radar para o captar ou então estou demasiado ocupada com a cegueira do meu próprio sentimento.
Nós mulheres somos, quando estamos nestas fases de encantamento/estupidez, capazes de obliterar da nossa memória sinais evidentes de que afinal as coisas não são como pensamos, nem tão pouco as pessoas são tão correctas como julgamos, completamente desprovidas de todo e qualquer bom senso somos ingénuas ao ponto de acreditar inclusive que Jesus voltou e que amanhã se vai reunir com toda a gente porque o final está próximo.
Estava eu a dormir a umas noite atrás, cansada de tanto estudar para um exame, quando o telefone tocou, não conheci o número e como tal liguei de volta porque queria saber quem era o ou a parvalhona que teve a brilhante ideia de ligar a aquela hora, resumindo, era um parvalhão, sim um valente e ignóbil parvalhão a quem eu tinha dado, julgava eu, eficazmente, com os pés as alguns meses atrás porque descobri que mentia, tinha namorada, a perguntar se queria sair com ele...
Eu nem vou alongar muito na resposta que eu dei, mas vamos por as coisas desta forma e de uma vez por todas, o facto de eu não namorar não significa que qualquer um me sirva, isso será um mito, preciso tanto de um homem a esta altura do campeonato como de uma corda para me enforcar em praça publica e isso sou eu a ser agradavel, o meu radar estava ligado, é claro que o sujeito não me ama desesperadamente, é claro que ele provavelmente nem sequer se lembra do meu nome como nem eu me lembrava do dele, agora dai a pensar que seria estupida ao ponto de voltar a trás numa atitude minha, será sem sombra de dúvida, um colossal erro da parte dele, pois se o meu radar já me disse uma vez "não", garanto com toda a minha mais brilhante crença que, dificilmente voltaria atrás.
Geralmente não sou simpática nestas situações, nem pretendo ser, seria hipocrisia, o que muita gente julgaria ser só "a mania que é boa", e sabem, mesmo que seja a pretensa mania, tenho todo o direito de o ser e claro de recusar a algo que não quero e sei bem que não quero.
O que mais me irrita nas pessoas é a estúpida ideia que conseguem atirar areia aos olhos as outras pessoas sem que elas lhes deiam um murro no focinho logo a seguir, habituados a uma simpatia quase patética, será facil tomar o certo como garantido, não se devem é esquecer que a vida é um tabuleiro e que bem podem levar com ele na tromba.
Existem coisas que mudei totalmente em mim de uns tempos para cá, aprendi a confiar muito mais em mim e só em mim, também porque não preciso de confiar em mais ninguém e também porque as pessoas mentem demasiado, além das suas possibilidades e geralmente são enroladas pelas mesmas mentiras, posto isto hoje sou capaz de enfrentar os meus próprios medos, coisa que a um tempinho atrás julgava não ser possível, aprendi a ouvir a minha voz, aprendi a ouvir-me a mim mesma e prestar atenção as coisas, a não arranjar desculpas para tudo, desde o movimento de translação ao de rotação simplesmente porque não tenho de o justificar, não me interessa justificar, o que eu vejo, o que precepciono nessa altura, será a minha verdade inquestionável e ultimamente tenho tido imensas.
Então cheguei a conclusão que é bom encontrar o que mais tememos, é bom dar de caras com os teus medos e saber cuspir de volta na cara, viver num limbo onde nada sabes não faz de ti uma gaja corajosa, e ok eles bem que te chamam neurótica, mas ao menos nunca mais ninguém vai ter a puta da ousadia de pensar que faz de ti uma marioneta, uma burrinha com palas nos olhos, porque tu abres os teus olhos e tu vês a verdade que tu tens de vêr, porque sabes bem dentro de ti que o que se passa é falso, é mentira, e então vai, toma o encalço da verdade que procuras, ela mais tarde ou mais cedo também te quer conhecer, no meu caso era a Raquel.
Falo muitas vezes de amor, de facto, e ele existe, eu tenho o meu amor bem guardado, bem fixe, bem reservado para quem eu souber que o merece, para quem for válido dele aos meus olhos e só aos meus olhos, quero lá saber de rosas ou de poemas, quero lá saber de frases feitas e de ideias pré concebidas que provavelmente ouviram numa musica na radio, esquecem-se do peso da minha cultura, sim desvalorizam o que eu sei e o que eu sou e isso para mim é um insulto. Eu quero algo real, e no dia em que for real, vale a pena eu olhar duas vezes, até lá, serão todos como o gajo que telefona a meio da noite, desesperado porque ninguém lhe pega e não sabe lidar com o desdém que lhe dei, fruto da minha imaginação.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Bingo!

Ir ao Bingo é deprimente...
Cheguei a esta conclusão ontem depois de ter gasto 3 euritos em 3 papelitos de merda com números, com um idiota a gritar outros números de forma quase robótica, esse gajo nem no proximo século consegue enganar uma míope ou uma cega para ter sexo, esse gajo nem que fosse o ultimo gajo com espermatozoides, ele nunca iria ser pai, nunca, é demasiado patético dizer 40, quatro zero e dar a sensação de estar no filme da guerra das estrelas com o R2D2 a tentar vêr se nos salta para cima. Os meus numeros eram bem diferentes dos que ele tinha, e haviam outros tantos "dickheads" que andavam espalhados pela sala a grunhirem sssssss, a dada altura informaram-me que aquilo significava que tinham um só cartão...UOOOOOOOU!!!! Deve ter sido o ponto mais alto da noite toda!! Ele tinha um único cartão e fazia ssssss...
Odeio visceralmente o Bingo, porque para além de nunca ter ganho nada naquela manifestação pobre da 3ª idade juntamente com os desgraçados e oprimidos, as largadas e abandonadas e claro os desajustados da sociedade, sim, porque este grupo de pessoas pensa que se não têm sorte em algo na vida vão ter ao jogo...fodasse...ganha sempre o gajo do lado e eu só os vejo bufar e pagar mais um eurito por mais um cartão, eu ao menos pensei, se a terceira não vai, não vai com a quarta de certeza e desisti!!! Será que ainda não se aperceberam que nunca ganham?????
Que toda a gente vai ganhar a merda do Bingo menos eles???
Mas prontos...fui em solidariedade com uma amiga minha, completamente desajustada das nossas realidades e isto porque ainda tinha 3 euritos no bolso e não tinha mais desculpas para me safar, ela afoga as mágoas no Bingo, a vêr velhas solteiras carregadinhas de ouro pelo coiro a fora, com um cheiro profundo a mofo, gajos com ar e chulos que sabe lá Deus porquê atiram moedas de 5 centimos ao chão (dizem que dá sorte), o resto que para lá anda são assim uma classe que nunca vejo em lado algum, os denominados mafiosos, só têm notas de 50 euros, só fumam charutos horriveis, mas devem dar uma moca terrivel porque eles não compram um cartão, eles compram uns 20 ao mesmo tempo e nunca ganham e depois voltam a comprar outros 20...e eu lá estou, com o meu ar civilizado, só me faltava uns óculos nos cornos e uma placa a dizer "ovelhinha" e eles desistiam do Bingo e espancavam-me até a morte e deixam-me pendurada nas luzes do Bingo...
Vislumbro um futuro muito negro as minhas idas ao Bingo.
Pessoalmente não gosto de jogar, especialmente a dinheiro, que é coisa que nunca abunda, então fico-me pelo berlinde e ando contente, não gosto dos olhos das pessoas quando jogam, parecem possuídos por um demónio qualquer que só os faz pensar em dinheiro e cifrões e merdas para assaltar o multibanco...eu acho que lhes passa tudo na cabeça menos ir plantar couves ou, até quem sabe, trabalhar, só assim na loucura, a arriscar tudo porque não ganhar dinheiro a trabalhar??Eu também gosto de dinheiro mas daí a atirar com canetas a velhotas só porque não ganhei...vai assim uma distância muito grande, as pessoas a dada altura desligam-se de uma realidade para se ligarem a um filme de terror com o o tio Patinhas pelo meio e isso meus amigos nem no pior filme do Brian de Palma se vê!!!
Não volto lá mais, embora deva admitir que gostei muito da parte em que me deram o folhadinho de carne com espinafres...tava divinal e ainda por cima a borla!!! Gosto de tudo o que é a borla, e bom, e especialmente agora que já não fumo, de comida, e já que não fumei cigarros animei-me com o folhadito, nada mau, nada mau mesmo.

sábado, outubro 21, 2006


Lembro-me do momento exacto,
do instante em que o tempo pára,
e como que por magia tu surges...
Não sei que feitiço trazes contigo,
qual a tua história,
a tua origem...
ou porque me sorris cada vez que te vejo...
Lembro-me de me dares a tua mão,
de a misturar com o frio das minhas,
de sentir as minhas lágrimas a cairem,
por querer tanto que fosses real...e meu...
Lembro-me do modo como foi,
a nossa vez,
o nosso amor...
a intensidade que me faz fechar os olhos,
deixar-me cair no meu abismo,
saber-me entregue,
viva a teu lado...
Vivo das minhas labaredas,
dos segundos em que sinto o teu perfume a minha volta,
do gosto eterno do beijo que me deste...
Talvez um dia,
eu possa ser a brisa que agita os teus ramos,
viver na tua presença...
por mais longe que possas estar,
sou eu que medeio a tua alma,
sou o teu porto de abrigo,
e por mais camas que percorras,
na minha estarás sempre em casa,
no teu aconchego,
no teu deleite...
Amo-te,
e hoje tive coragem de o dizer em segredo as paredes,
gritei até a minha voz cessar,
até me ajoelhar aos teus pés,...
Nunca mais sais de mim...é real!

Angel...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Palavras e atitudes

Uma coisa que me faz estar sempre de pé atrás com os homens é somente a sua motivação, ou seja a razão pela qual fazem ou dizem seja o que for, desconfiada por natureza, tenho muitas dificuldades em acreditar no que dizem.
Se não, vejamos, tenho duas amigas, duas pessoas fantasticas, que nesta altura da vida delas, têm ambas relações com homens, relações estas que não estão bem definidas, nem para elas e para eles nem existe sequer o significado de relação. Partindo deste pressuposto vou contar amiudemente a situação de cada uma: A primeira conheceu-o numa situação qualquer que a mim me passa ao lado, o rapaz lá engraçou ela e ela não queria engraçar com ele, retirada das lides romanticas, ela queria estar sossegada e esquecer o ultimo estendal que lhe foi colocado na testa, no entanto, água mole em pedra dura...tanto dá até que fura, e assim foi, ele tanto teimou que lá lhe roubou um beijo e dai para ela ficar entusiasmada foi num intante, ele dizia-lhe muita coisa, que a adorava, que estava apaixonado, que a queria, que ela o completava...coisas fantasticas de se ouvir é um facto, mas pouco tempo depois, ou nem tanto assim, ele não prova o que diz, ele simplesmente lembra-se esporadicamente dela, não aparece, e ela descobre finalmente que ele namora, e ai quebra-se o feitiço.
A segunda conheceu o respectivo cavalheiro algures numa discoteca que frequentamos, rapaz timido e lindo de morrer, dizia que era desligado, que não era pessoa de se prender a nada nem a ninguem, retirado ele das lides romanticas tinha uma postura quase intocável e indefenida no seu espaço...ela rapidamente dizia que "daquele mato não sai cachorro" ou seja, ele não ia desenvolver nada e aquilo nunca seria um namoro a serio...mas, ele revela-se nas atitudes, se fica sem a ver quando se reencontram abraça-a profundamente e sai-lhe de repente um "tive saudades tuas", mas nunca lhe disse que gostava dela, um dia ela pediu-lhe uma promessa, que quando se cançasse dela que lhe diria logo, que seria sempre honesto, e ele prometeu sem hesitar e disse-lhe "Porque achas tu que eu me cansaria de ti?"...ela ficou sem resposta para devolver.
No primeiro caso tanta palavra, tanta coisa dita...nada será o resultado final, no segundo, sem palavras, mas com gestos, com atitudes, grandes possibilidades para um sucesso desmedido.
No amor, como em tudo na vida, o que mais importa não é dizerem o quanto nos amam, ou o quanto somos fantasticas ou belas ou sei lá mais o quê que dizem para conseguirem o que querem, sexo...amor nada tem a haver com sexo. Gestos, atitudes, que mesmo sem palavras ganham siginificado e personalidade por si mesmas, provar o que se diz muitas vezes é mais dificil do que aquilo que se pensa, é sempre mais cómodo dizer as coisas quando já se tem um objectivo em mente, ser-se canalha no fundo, pois se é verdadeiro se é justo, nenhuma palavra algum dia o conseguirá definir ou provar.

Eu no Exercício



Estive nestas duas ultimas semanas no Exercicio Zangão em Mirandela, pertinho de casa e tal, fartei-me de comer bem, trabalhei, digamos que moderadamente, porque quando inclui prazer a gente nunca diz que é trabalho a serio. Foi uma experiência única, em 8 anos de tropa nunca tinha voado em nenhuma engenhoca cá do sitio, a minha estreia foi feita no fantastico Alluete, helicoptero, que me porpocionou uns minutinhos de aflição, riso e muito gozo particular:)

Nunca mais vou esquecer as duas semanas que lá passei, fiz bons e boas amigas, aprendi coisas novas, por exemplo como colocar um ar condicionado numa tenda, como montar um "burro do mato", que por mais estranho que possa parecer, é uma cama...também aprendi a comer alheira nas suas diversas versões e diga-se de passagem, nem posso mais ouvir falar nela! Mas fomos muito bem recebidos, muito bem tratados e tudo correu tão bem que me atrevo a dizer que foi um dos melhores exercícios que a Força Aerea já fez.

Esta foi a minha imagem de marca...sorri pelo descamento a fora, como se invadida por uma estupidificação suprema de alegria...enfim, quando estamos bem o nosso rosto reflete o que sentimos e o que vivemos. Obrigado pela maravilhosa sensação que eu já não tinha a muito tempo, senti-me viva de novo!

quarta-feira, setembro 20, 2006

Porque hoje estou de Parabéns

Tenho 8 anos de serviço militar, os meus amigos quase todos, a excepção de uma amiga minha, foi cá que os conheci. A tropa pode não ser vista com bons olhos a muita gente, mas para mim foi uma benção em diversos aspectos, em relação então aos meus bons amigos foi simplesmente do melhor. Hoje lembrei-me deles por uma razão particular, é o meu aniversario militar, faz hoje precisamente 8 anos que pus pela primeira vez o pé dentro de uma unidade para fazer a minha recruta e lembrei-me de todos os que pertenceram ao meu pelotão, os meus fieis mecânicos, as minhas seis secretarias e um infeliz policia que para lá foi parar e morria de medo de agulhas. Fomos um grupo coeso, flexões era para todos, ninguém se ficava a rir, o nosso comandante de pelotão adormecia de pé agarrado a arma, escondiamos os cigarros no fuste das armas para podermos fumar as escondidas, perdemo-nos vezes sem conta na nossa prova de orientação...fomos no entanto os segundos a chegar e por isso mesmo foi tudo ao chão mais uma vez. Carregamos as armas uns dos outros e até os coxos arrastamos, partilhamos comida, e as noites passadas ao luar num frio de Outubro no meio do nada, nunca foram um acto individual. Este tipo de amizade nasce sem se desejar, podemos não nos entender em todas as situações mas tinhamos que nos aguentar uns aos outros, a minha tropa valeu a pena e foi uma prova superada graças a todos eles e por isso vou ter sempre uma gratidão enorme para com eles.
Conheci outras pessoas depois, com quem trabalhei, com quem lidei, não deixamos de ser uma classe na tropa, umas boas outras nem tanto, mas a representação delas na minha vida será sempre diferente em relação aos meus companheiros de pelotão, com eles partilho uma realidade oposta, em que nunca sou colocada a prova, em que o bem estar deles nunca vai depender das minhas atitudes e vice versa, são amizades que se desejam, que se mantêm, mudam ao longo dos tempos, melhoram, pioram, ora nos afastamos ora nos aproximamos, nunca será constante e sabemos sempre que mais dia menos dia vamos estar todos presentes no jantar de despedida de cada qual.
Vou amar a tropa até ao final dos meus dias, foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo, foi o meu lar, a minha identidade, a minha personalidade, a minha alegria e também a minha tristeza, deu-me tudo o que possuo até hoje e todos os meus conhecimentos cá engrandeceram e tornaram-se muito mais aperfeiçoados. Existem dias em que nos fartamos de tudo e só queremos mandar isto ao ar e ter de volta a nossa suposta liberdade... mas eu cá fui e sou livre, não são as grades ou as redes que nos prendem, não são as ordens ou a hierarquia que nos remete a um canto, todos nós somos dotados de um sentido puro de autonomia, dai que nada nos prenda, nem nada nos rebaixe, é tão somente uma questão de interiorizar o nosso próprio valor.
Por isso, parabéns a mim, ao meu pelotão, a minha vida cá, a minha unidade...foram 8 anos em grande!

terça-feira, setembro 19, 2006

Good girls go to heaven...bad girls go everywhere...

Vi esta frase numa T-shirt, e é verdade, a meninas boas podem ter o paraiso todo para elas, mas as más divertem-se muito mais! Olhei para mim mesma então, para saber qual seria a minha versão de rapariga, será que sou boa, ou má?
Penso na minha forma de agir...não sei se serei boa a 100%, não sei se algum dia fui, serei ou se sou má...queria saber o que é que as pessoas boas fazem para serem boas, e o que fazem as más para serem más, e se o certo é o ser bom, porquê que a recompensa é sempre inferior a dos que são maus? Se afinal devemos ser recompensados pelo bem que fazemos, porque cargas de água essa recompensa nunca chega, ou nunca é suficiente, ou então porquê que existem pessoas tão boas e só lhes acontecem coisas más?
Falam abruptamente de justiça, do certo ou do errado, do bom e do mau, mas será que realmente lhe sabem o significado? Será que o dizem por despeito, por dor de cotovelo (a dor mais famosa do mundo, tirando a do parto), onde estão esses conceitos que não têm corpo, não têm alma, não se mostram...não lutam pelo seu lugar ao sol?
Quantas vezes não odiei ser sempre a boazinha, quantas vezes não me apeteceu revoltar-me e mandar toda a gente que me chateia simplesmente para o caralho, por ser sempre tão correcta e civilizada, tão certinha em todas a suas opções, pensar sempre no efeito que as minhas palavras têm nos outros, tentar sempre que os outros se entendam, se reconciliem, comuniquem, tenham gestos de bondade, quantas vezes não fui eu contra o racismo, mesmo tendo sido assaltada por um homem/puto de raça negra? Quantas vezes não abdiquei eu do meu lugar no autocarro para dar a quem eu achava que precisava, enquanto o lugar que era deles por direito estava ocupado por pessoas que viravam a cara inclusive? Quantas vezes não me caiu o mundo em cima por defender quem não estava presente, só porque detesto intrigas miseráveis? Quanto bem é necessário fazer, sentir e ter dentro de nós para que algo de bom nos aconteça?
Não é algo que eu possa mudar, eu não acordo um dia e digo "Hoje vou empurrar alguém das escadas abaixo, só pelo gozo." existem coisas inerentes à pessoa, nascemos com elas e com o tempo elas morrem conosco, porque as outras pessoas que nos rodeiam têm sempre uma forma genial de destruirem, ou pelo menos tentarem dar cabo, de tudo o que de bom carregamos em nós.
As outras pessoas nada me dizem, se sou boa, cordial ou simpática, é porque simplesmente faz parte da minha forma de ser, não quer com isso dizer que morro de amores por toda a gente, isso seria hipocrisia e não me presto a isso, no entanto sou incapaz de ter uma atitude que prejudique outra pessoa, por menos que goste dela. Mas existem alturas que até as santinhas deve apetecer mandar tudo ao ar, deve dar mesmo um gozo particular dar um murro na mesa e vira-la, deve dar uma satisfação elegante ver a cara de surpresa das pessoas que estão sempre habituadas a ter essa bondade da parte delas por garantida se acabar só assim num estalar de dedos...
As pessoas boas vivem sempre na expectativa, sempre no desejo, quando existe a possibilidade de algo bom lhes acontecer, ficam amedrontadas, não estão habituadas, não têm coragem de pensar que sim, a elas também lhes calha algo porreiro, esse medo é uma merda e não as faz viver, tudo o que nos acontece é por uma boa razão, podemos não saber qual é, mas isso não quer dizer que não exista. A nossa ignorância, a nossa falta de esperança, a nossa crença débil em dias de sol que não vêm...merda para isso tudo, no fundo o que precisamos é somente de um banho frio, vento na cara e venha mais uma batalha, mais uma guerra, precisamos de viver e de saber como se faz, sem medo, sem regras...
Como seria bom poder estar no alto de uma grande montanha, abrir os braços e simplesmente atirar-me dela abaixo...sem medo...
Podemos inclusive não ter esta coragem toda, pois depois do "sem medo", virá de certo o "sem dentes...sem ossos..." mas ao menos podemos pensar que até poderia correr bem, bastava ter aberto o paraquedas na hora certa...
As meninas más podem ir a todo o lado, mas eu sei que o fazem pois nunca estão bem em lado algum, enquanto que as meninas boas sabem sempre para onde vão, e sabem é muito mais maduro ter sempre um sitio certo onde ficar...

Eu...Lola???



Eu sou um bicho perigoso! Curto fazer as noites da minha suposta proprietaria num inferno e a minha felicidade reside no facto de espalhar palha pelo quarto a fora, deixar-lhe caganitas para ela limpar...fica sempre gira de vassoura na mão! De resto sou uma alegria...pulo, roo grades e finjo que o fundo da minha gaiola é de terra so para me ouvir raspar...isto tudo as 5 de manhã! Ela passeia-me, dá-me beijinhos, chama-me de amor, colocou-me o nome patetico de lola, como se algum dia uma louca coelha poderia ter este nome...de resto, ela dá-me de comer, de beber e tenho o privilegio de passear em cima dela. A minha dona é fixe! Mas isso é a opinião dela, eu nada tenho a haver com isso, sou um bicho furioso com a vida!

PS: Lola...tu vais levar no focinho...

domingo, setembro 17, 2006

Phones make you miserable

We are always waiting for the phone to ring…we bought them for the most ridiculous reasons that our mind can think of, we bought them because we needed to stay in touch with our family, with our friend, because of work…several are the reasons.
But when it comes to that phone call that you’re really waiting for, the phone never rings, you spend most of your time looking at it, has if the phone would talk to you, and say “give up, it’s never going to happen”, phones make you miserable!
My friends usually hold the phone near them, they look at it at the same time, then, the eyes cross with each other, they put the shoulders down and just look miserable for the rest of the night…
Sometimes you wait a lifetime for something wonderful to happen, but it never does, it kills you inside, and it dies in silence, because you’ll never be able to face, and tell the truth to yourself. Blasted phones that live in your bags, that make you cry so often, it’s just a call, not your entire life, but it’s so easy to see your life trough just one moment that you easily forget all the others that can happen, and make you happy.
I have two phones…they usually never ring, they ring when it’s my birthday, my father always remembers me, my mother argues with me when it comes to that difficult day of the month then she always calls, my brother always wants to talk about his new girl friend…my friends always want to hear me laugh, and say, has I always do “ Things will turn up fine, you’ll see…”, I may not believe in that all the time, but boy…it tastes so good to think like that, that’s why, I never cry when my phone doesn’t ring, I’ll always have someone out there that I know that loves me, and that I, in the middle of my simple life, love too.
So, put your phone in a drawer, let it be there, if someone misses you…the drawer will open for sure, for the phone will be ringing all day long :D

quinta-feira, agosto 10, 2006

Porque existem musicas e letras que vamos sempre gostar, e porque não uma portuguesa, bem nossa, bem bonita, a meu ver a mais bela de todas de tão simples que é...

Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite,
me guia de dia e seduz...
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!

O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu gostava que olhasses
para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo,
um olhar em segredo, só para euTe abraçar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro...
E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo...
Eu...Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...

André Sardet

segunda-feira, agosto 07, 2006

Pam Lola...o verdadeiro diabo!

È desta que me atiro da ponte!!
Comprei uma prenda de anos a mim mesma, adiantada é um facto, mas eu sou mulher, adianto-me sempre... essa bela prenda é nada mais nada menos que a Pam Lola, uma coelha anã que tenho agora debaixo da minha mesa de trabalho a tentar dar cabo da merda dos sapatos! Isto porque o animal não me deixou dormir a noite toda numa especie de vingança sadica por eu deixar as minhas amigas pegar nela ao colo e passarem-lhe a mão no pelo...bicho preverso que andou a noite toda, aos pulos na gaiola, a raspar tudo o que achou conveniente, conseguiu com uma suprema eficácia, tendo conta que so tem dois meses, é anã e mede uns 20 cm, atirar varias vezes seguidas com o bebedouro para fora da gaiola, pular para sair da mesma, raspar tudo o que era grade...agarrar-se aos meus sapatos, o que se tornou agora num vício morbido!
Então a minha vingança foi trazer o bicho para o serviço... e acho que esta batalha está ganha, para o lado dela, mal me consegui sentar, a desgraçada começa logo a sua longa marcha para a minha tortura pessoal, atira-se a tudo, executa mortais com precisão e desvia sempre a minha atenção, quando falavam no site que estes bichos quando estão soltos é preciso prestar atenção não estavam a brincar! São armas mortiferas!!
E depois olho para a coisinha fofa, de pelo branco...e desespero...nem espaço tenho para a espancar!
Sempre disse que era contra a minha religião comer bichos peludos e saltitantes...ok, vou rever essa ideia!!! Vislumbro as chamas do inferno a sairem-me pelas costas de tanta vontade que tenho de a ver no espeto!!!
A minha esperança é cansa-la...tenho de a levar a exaustão antes que ela me leve a mim!!! Por isso hoje vai dar pinotes no serviço a vontade, vai correr, vai se esbaldar toda...mas logo vai ter de dormir! Nem que seja a paulada!!!

segunda-feira, julho 31, 2006

Férias

Sabem o que eu odeio nas férias? Que acabem...
Tenho uma amiga minha que diz "Como é boa a vida de desempregado!!", todas as vezes que está de férias, espaldeirada na praia a torrar. E é verdade, pois por mais que me digam que trabalhar é fixe, não me lixem, que não fazer absolutamente nada é do melhor que há!!
Adoro fins de semana, sextas-feiras, feriados e claro...FÉRIAS!!
Passei 15 dias fantásticos sem me preucupar com nada de nada, e ainda por cima tive ordenado na mesma, que mais poderia eu desejar? Pela primeira vez em 8 anos tive direito a tudo, a bronze, dormir até as 500, deitar-me tarde como eu gosto por estar a ver finalmente os programas que mais gosto de ver na Tv...até parecia um sonho!!!
Mas tudo o que é bom, acaba sempre cedo demais, penso que depois das férias haveria de existir um periodo de adaptação, tipo em vez de trabalhar as 8 horas seguidas, trabalhar 4 horas por exemplo, seria fantastico, e depois gradualmente voltaria pela altura do Natal a fazer as 8 horas seguidas, assim já estava mais conformada!
Estou na minha fase de revolta!!!
Hoje vou odiar trabalhar, vou odiar tudo o que me rodeia, ainda por cima, para começar bem as hostilidades estou cá fechada por 24 horas...deve ser uma espécie e castigo sordido que inventam para pagar os dias fixes que tive!! Mas... o que tem de ser, tem de ser, e nada há a fazer a não ser adaptar-me a esta trampa de vida de pobre...sim porque esta porra com o Euro milhões...era completamente diferente!!!
Estou de volta...cansada é um facto, relaxada, morena também...e com um humor miserável que só me passa na Pascoa!!!

segunda-feira, junho 19, 2006

A minha outra visão

O meu mundo é um espaço cor de rosa, com nuvéns de algodão doce, póneis aos saltos, e coelhinhos brancos e felpudos...ou seja, eu sou do mais ingénuo que existe! Não considero isso um defeito, mas apenas um nitido problema de visão, o meu estigmatismo não me permite ir mais além.
Ontem fui passear, aliás, fui ver onde ficava um restaurante na Almirante Reis, depois passei pelo Técnico, Intendente...ou seja zonas turisticas!!! Então o que acontece é o seguinte, eu já sabia que existia prostituição, está certo que na Santa Terrinha elas andam escondidas, diga-se de passagem que a mulher Transmontana não tem problemas nenhuns em ser radical no que se trata da manutenção dos bons costumes, nadinha mesmo. De qualquer forma, eu já tinha tido a oportunidade as ver por Monsanto, na altura pensei que eram meninas que andavam perdidas pelo meio da mata com pouca roupa...depois esclareceram-me acerca do proposito da pouca roupa, até aqui tudo bem, elas tinham um ar cansado, desgastado, podia até dizer triste, muitas delas vitimas da toxicodependência, magras e escanzeladas...se calhar vi o motivo pela qual o faziam, podia não concordar muito bem, mas como pessoa instruida que sou sei bem a devassidão que a toxicodependência pode ter na vida das pessoas, consegue ser catastrófico. No entanto, ontem a minha visão foi diferente, muito mesmo, as meninas que por lá deambulavam, e não sei se por coincidência ou não, e de forma resumida, em 5 mulheres, apenas uma era branca e nitidamente com problemas de drogas, o resto deduz-se. Mas isso também não é novo, já sabiamos que Portugal começava a apresentar problemas a esse nível com as comunidades estrangeiras, mas até podiamos pensar que o faziam porque não conseguiam de alguma forma arranjar trabalho, mas depois lembro-me da quantidade de MacDonald's que existe por ai...case closed! Isto a mim, não me afecta nada, é uma realidade totalmente diferente da minha, não posso dizer que perturba o meu ciclo de vida porque seria ridiculo, eu sempre vivi longe destas coisas e vou permanecer assim. Mas experimentem então dar uma volta ali, para além daquelas meninas, outras surgem, estacionadas nos seus BMW, e Mercedes... não quero insultar ninguém, mas eram todas loiras, não eram mulheres descuidadas, eram mulheres, se é que posso chamar de mulheres sem estar a ofender a classe, de bom aspecto, com bons carros e sorriam e prostituiam-se a homens que não conheciam sabe-se lá porque quantia...como se fossem brinquedos de luxo deixam-se usar, perdem o respeito que deviam ter por elas mesmas, segundo dizem, algumas até são casadas e fazem-no pelo prazer de o fazer e com o consentimento dos maridos, que raio de relacionamento/casamento é esse? Onde anda o eficaz taco de basebol que faz falta em tanta casa portuguesa para voltar a pôr a ordem? Que raio de educação foi essa que os vossos pais vos deram? Que raio de pessoas são as que as procuram? Que nojo me mete esta humanidade frívola!
Pessoa alguma, algum dia me vai dizer que o faz porque não tem em casa, nem em lado algum, ainda se tornam mais vulgares que aquilo que são, e menosprezam a inteligência dos outros. Existem pessoas que têm uma vida muito humilde, conseguem perfeitamente viver sem o raio do BMW, conseguem passar a sua existência sem saber até quem é Armani, têm trabalhos, não empregos, todos os dias apanham transportes, até já foram assaltados, nunca foram passar férias fora do país, e Algarve será um dia depois de receberem o subsídio de ferias, existem pessoas que passam a sua existência sem terem ninguém na vida, desconhecem tudo em relação ao sexo mas sabem muito acerca de amor, que é totalmente diferente e, por se amarem a elas e aos outros nunca fariam uma coisa dessas nem que a vida dependesse disso. São pessoas que têm o dinheiro contado para o mês, nunca lhes foi aceite um crédito, nem sabem o que é o American Express e as maravilhas que o cartão faz. Aos Domingos ficam em casa, alguns amigos passam por lá, têm uma conversa animada e vão tomar um simples café a uma pastelaria na esquina. Existem pessoas que se formaram a custa de grande sacrificio, pagaram os seus estudos a fazerem limpezas em casa alheias, a recolherem o lixo da cidade, a serem jardineiras no município...prima, tu és uma grande mulher!
Somos sempre tão prontos a dizer que o Estado não nos facilita a vida, que os impostos são altos e que pouco trabalho existe, que temos azar, que os pais não ajudaram...blá blá blá blá...começo a pensar que muitas destas coisas, se não todas, são desculpas esfarrapadas para esconderem a leviandade e a falta de caracter de muita gente, começo a pensar que passaram a vida toda influênciadas por telenovelas, a viverem das aparências e do que não têm mas querem na mesma. Para isso vendem a dignidade, o caracter, a alma ao diabo...
Lembro-em sempre que quando eu for velhinha, eu não vou levar nada do que tenho aqui, são só objectos, roupas, coisas tão insignificantes comparadas com aquilo que eu sinto quando me olho ao espelho, ou quando me deito na minha cama sem peso algum na minha consciência. Nada é assim tão valioso como ter respeito por mim enquanto pessoa, saber que tudo o que eu consigo é sempre tirado a ferros, saber que tudo o que eu atinjo é fruto das minhas batalhas, e eu tenho travado tantas...e sei que não sou a única.
Chego então ao meu serviço hoje pela manhã, e tenho um maior respeito pelas senhoras da limpeza, tenho um maior respeito pelas pessoas que comigo trabalham, as coisas não são faceis para ninguém, ninguém consegue ter tudo, mas a diferença é feita através das pessoas que vão conseguindo realizar os seus pequenos sonhos sem que com isso se percam de si mesmas, ao invés de terem grandes sonhos cheios de atalhos nos quais perdem tudo da pior forma possível.
Essencialmente dar sempre graças ao que temos, aproveitar um dia de cada vez, ter lutas justas e dignas de serem lutas, ter objectivos firmes e concisos, sem grandes pretensões.
Será que as pessoas julgam que quando morrem levam tudo com elas como os Faraós? Estupida e ignobil ignorância humana que não vos permite ver além do que está a mostra! Agarrados ao futil e submissos a tendências patéticas que vos dita o modo como devem viver, ligam demasiado ao fácil, ao rápido...a vossa vida é uma cadeia de fast food...um corrimão, porque toda a gente vos passa a mão por cima!

Ir a lua

Existem coisas que eu considero de uma estupidez imensurável...o facto de o Homem ter ido a lua é uma delas...
Não sou de modo algum contra a ciência, creio que a curiosidade humana foi a base de toda a ciência, mas o busílis da minha questão é que gastaram uma pipa de dinheiro para irem a lua e basicamente foi para recolher calhaus, esta é minha visão pratica e simplista da realidade. Eu não iria, já sabiam que era impossivel ser habitado, se não tem casas a superficíe é porque ninguém lá vive, e mesmo que tivesse, o que é que aquelas alminhas iam lá fazer? Que mania que os Americanos têm de espreitar o quintal dos outros!!!
Sonhei com isto ontem, sabe lá Deus porquê, e sonhei que era mesmo uma estupidez, o que olhando agora para o que conseguiram depois de lá terem posto os pés...mantém-se uma coisa estupida! Está certo que a minha versão de Madre Teresa é que me faz ver as coisas desta forma, começo a imaginar a quantidade de pessoas que podiam ter sido ajudadas com esse dinheiro, continuo a pensar que se era em prole da ciência, era só esperarem mais uns tempos e já tinham financiamento para estudarem uma cambada de doenças novas que existem agora, escusado será dizer que 70% delas foram eles que as criaram...ao invés disso eles apenas as criaram o resto fica para mais uns 500 anos de existência miserável, o que tendo em conta a quantidade de anos que vivemos, acho que foi positivo.
Nada neste mundo me faz sentido, absolutamente nada...
Querem voar, ok, não conseguem viver com a inveja que têm dos passaros, eu consigo perceber isso, querem ir ao fundo do mar, inveja da peixarada toda e mais alguns moluscos, normal, agora digam-me porquê ir a lua? Se for a olhar para a estatistica do sucesso destas viagens, deve ser apenas mais um morbido desejo de morte, ou então uma foleira demonstração de força que os putos gostam de fazer uns com os outros para provarem que são os melhores (tipico conceito inventado pelos Americanos)...o que já consigo perceber mais.
As pessoas passam a maior parte do tempo a tentarem se superar uns aos outros, são competitivos em tudo o que podem ser, consideram isso uma prova de supremacia, eu considero isso uma prova de estupidez, lembro-me sempre que nesse percurso existe sempre alguém que sai prejudicado, tipo o mexilhão!
Por isso vou bater palmas a Republica Checa, gosto de boas lições de "Como ser Humilde, porque sou um falhanço, em 3 tempos"!!
Ps: Escrevi este Post com a literal intenção de mais uma vez aproveitar uma oportunidade de festejar mais uma derrota Americana... sem contar com as guerras do Vietname e afins :)

terça-feira, maio 23, 2006

"Mais finas ou assim está bom?"

O modo como encaramos o nosso trabalho vai ser sempre reflexo de como encaramos a nossa vida, considero que o trabalho é algo importante na minha vida, gosto e tenho prazer em me sentir útil, em saber fazer algo, em ter responsabilidade sobre algo. Não tenho uma escala que consiga avaliar a importância das coisas na minha vida, tenho prioridades é um facto, mas geralmente consigo me rodear somente do que gosto, tanto a nível profissional como pessoal. No entanto nem todas as pessoas pensam do mesmo modo, a mim custou-me 8 anos a encarar o meu trabalho da forma como encaro, tenho dias em que tenho imenso para fazer e mal tenho tempo para ver o relógio, outros são passados de forma mais calma e olho sempre em desespero para o malfadado relógio a espera que as horas passem, nestes dias saio mais cansada e com a certeza de que foi um inferno autêntico, eu gosto, por excelência de me sentir ocupada. Tenho uma amiga que não está a passar uma fase muito boa a nível profissional, não encara as coisas com a resignação que certos trabalhos exigem, não sente igualmente apoio a nível superior e sente que de algum modo a tratam como uma especie de escrava, sem direito a argumentação. Ouvi e vi as lágrimas nos olhos dela, compreendi de certa forma a frustração que a invade e que não a deixa ultrapassar esta situação, a minha forma de tentar ajudar as vezes supera a mera palavra amiga, então peguei em mim e fui vê-la ao serviço dela, lá estava ela, sentada, num silêncio ensurdecedor que eu achava que era impossivel de existir numa sala com 3 pessoas a trabalharem, ela estava a etiquetar arquivos e enquanto falavamos de coisas básicas da vida lá fui eu fazendo umas poucas etiquetas para a ajudar, é incrível o que uma pessoa não consegue fazer quando está contrariada, eu fazia as coisas de boa vontade, a mim entretinha-me, saiam bem feitas, era simples... ela por mais que tentasse não conseguia, sentia-lhe os nervos a flôr da pele, a vontade de simplesmente abandonar tudo aquilo e ir se sentar na relva a olhar para a paisagem da bela Lisboa, ou então , numa versão mais assustadora, partir aquilo tudo na cabeça do chefe. Existem dias em que simplesmente nada nos corre bem, e as vezes nem adianta tentar, simplesmente elas não acontecem. Não tenho audácia de julgar, não é correcto, eu tenho um trabalho diferente, com pessoas totalmente diferentes, e tenho a minha forma de empurrar as coisas, já me senti chateada, frustrada, incompreendida...eu já passei por isso e sei bem como é dificil estar a fazer algo que não gostamos, como é ser chefiada pela arrogância e pela má educação, as vezes falta-nos a maturidade das boas respostas nas alturas certas, mas como tudo na vida, é só uma questão de treino, porque se um dia não gostamos do que fazemos, mas temos de o fazer, acaba sempre por ser um aperfeiçoamento, porque é sistemático, se tu não o fazes, ninguém mais o faz e como te pagam para isso, adivinha lá quem é que se vai ter de chegar a frente?? Claro que somos nós, mesmo que contrariados, geralmente eu espero que passe a fase da total ignorância e má disposição para que depois quando já me sinto confiante poder dar as referidas respostas com a mais séria e fundamentada argumentação, ganho um novo poder. É fácil dizer "encara as coisas com calma", eu odeio que me digam "tem calma", se estou chateada deixem-me estar chateada, é um direito que me precede, ninguém nunca vai ter o poder de calçar os sapatos dos outros, o que eu sofro mais ninguem sofre e vice-versa, daí que evite frases que incluam a calma pelo meio. As vezes é mesmo a nossa furia que nos faz mover, é ela que nos faz tomar atitudes por nós proprios para tentarmos de alguma forma melhorar ou minorar o nosso proprio degredo.
Tornei-me resignada com o tempo, adapto o meu trabalho ao que tem de ser todos os dias, e nunca é igual, é sempre diferente, existem sempre coisas que gosto mais de fazer do que outras, mas eu não posso passar o meu tempo a desgastar-me em má vontade, o trabalho tem de aparecer feito...mas foi um teino complicado!
Gostava de ser Deus a dada altura, sou uma pessoa parcial, eu vou sempre torcer por aqueles que amo e estimo, vou sempre querer ajuda-los da melhor forma para que os veja felizes, mas as vezes, a melhor ajuda que podemos ter para com o que gostamos ou amamos é deixa-los ganhar forças por eles mesmos, têm de saber reagir! Não lhe digo a ela o que deve ou não deve fazer, se eu pudesse passava a tarde toda com ela a ajuda-la a fazer o trabalho chato que ela odeia, agora a mudança que ela quer na vida dela...só ela a pode operar, pois das aflições dela só ela sabe, o máximo que posso fazer é sentar-me ao seu lado e perguntar "Mais finas ou assim está bom?"

terça-feira, maio 16, 2006

O que está ao teu alcance?

Uma vez um grande escritor disse uma frase genial, " Como é patético, que o vosso coração, tão só anseie por aquilo que está fora do vosso alcance"... na altura em que li esta frase não a relacionei com nada na minha vida, não tinha ainda a maturidade suficiente para sequer saber o que era gostar mesmo de alguém. Mas hoje, depois de já ter vivido algumas coisas, penso nessa frase, olho para a minha melhor amiga e pergunto-lhe: "O que anseia o teu coração?", e ela tem os olhos doces e nunca me sabe dar a resposta, perde-se nas ideias dela e nunca me dá uma resposta que eu sinta que a satisfaça, fala de um amor que perdeu, que gostava de nunca o ter perdido, fala de um amor que têm por ela, que ela nunca pediu, nunca desejou, nunca procurou...
Desejamos e ansiamos pelo que está fora do nosso alcance, e se a partida sabemos que está fora do nosso alcance, não percebo então porque sobrepomos esse desejo a qualquer outro muito mais acessível, muito mais adequado talvez. Andamos cegos com as nossa próprias ideias, obcecados com coisas que não são as mais certas para nós, não é a nossa metade da laranja, mas mesmo assim insistimos e apostamos em roletas viciadas.
As vezes somos tão prontos a defender a nossa autonomía, argumentamos que só nós sabemos o que é melhor para nós, batemos com o punho na mesa e queremos a todo o custo que a nossa vontade prevaleça, podemos saber que no fundo só nos prejudicamos, que é malévolo e não trás consigo nada de novo, mas insistimos a mesma...quando algo é certo para nós, não existem argumentos de defesa, pois tal nunca é necessário, não existe defesa possível para algo que só por si se prova, não batemos com os punhos na mesa, nem tão pouco quem nos ama tenta nos salvaguardar do que é o melhor para nós...
As vezes o que é dificil é abrir o coração, deixa-lo arejar como se fosse uma casa, deixa-lo respirar e ganhar vida, as vezes o que é mais dificil é não olhar para trás, pensar no que foi, no que poderia ter sido, vou sempre achar que é um erro olhar para trás, comparar, tentar de algum modo que as coisas sejam sempre iguais ao que eram em outras alturas...não olho para trás, o meu alcance é o céu e eu chego lá...
Creio que alcanço o que posso, alcanço o que pela qual eu luto, mas já não anseio mais pelo que estará sempre fora do meu alcance, não se deve sofrer por convicção, quero para a minha vida exactamente o que ela tem de ter, sem grandes expectativas, grandes crises, gosto das coisas simplificadas, e elas graças a Deus vêm sempre ao meu encontro, sem que para isso eu tenha de entrar em labirintos e perder-me neles. O desafio não é andarmos atrás de algo que sabemos que a partida nunca vai ser nosso, o desafio maior é conseguir dar valor ao que a vida nos oferece, e ver nesses mesmos momentos únicos a verdade e a beleza que não estão a vista, mas que lá residem...abrir essencialmente os olhos para o que existe mesmo de bom.
Aprender sempre a dar valor ao que se tem, ao amor garantido, as amizades fieis, a saúde porque é ténue, à nossa fé porque até ela se abala por vezes, saber dizer não às embarcações de sonhos que terminam com a espuma da praia, sem nunca terem atingido o seu destino...
Apostar sempre no cavalo certo, o nosso próprio cavalo!!

terça-feira, abril 11, 2006

Nada a comentar.

Terminou mais uma fase da minha vida. Nada a comentar. Veio, foi, terminou...pagina virada!
Venha o resto da minha vida :)

sexta-feira, março 31, 2006

Quando se toma o comprimido errado...

Ninguém gosta de dias cinzentos, eu também não. Pessoalmente, o meu humor fica sempre relacionado com as núvens, ou melhor, com a existência ou não delas.
Apetece-me andar pelas ruas, pelas calçadas de Lisboa, não tem nada a haver com o facto de não querer trabalhar, de não ter o que fazer, mas sim do gosto de andar pelas ruas, gosto de andar a deriva sem ter propriamente um sitio onde ir, sou um bocado nómada, nunca estou bem em lado algum, nunca fico muito tempo em lado algum, tenho pernas e lembro-me disso.
Cada vez que ia para a escola ia sempre a pé, adorava fazê-lo, tinha sempre a sensação que não ia por castigo, mas sim porque gosto de andar, de observar os rostos das pessoas, de lhes imaginar a vida, queria saber no que pensavam, adorava poder ler a mente das pessoas, de lhes desvendar os segredos e de lhes dar as repostas que muitas vezes não encontram. Nunca estou bem em lado algum, a culpa é da genética, saio literalmente ao meu pai, sou uma cópia bem fiel á sua forma de ser, nunca aviso para onde vou, quando chego, sou sempre uma surpresa, existe sempre algo que me move, talvez seja a minha extrema curiosidade, talvez o medo de que a vida me passe ao lado e que eu perca o espectaculo todo. Não queria viver a minha vida insatisfeita, mas tenho encarado a minha vida assim, por isso ando, gosto de sentir o frio das ruas, de levar com a chuva em cima quando menos espero, faz-me sentir viva, gosto da surpresa do sol quando tudo me parece enfezado demais e a primavera ainda anda longe, não existe nada melhor que dias de sol num inverno poderoso, é como se algo se revoltasse.
Hoje não me apetece falar de problemas, ou de coisas engraçadas, não me apetece ver filmes nem ler livros, oiço Gentleman com uma fidelidade quase absurda, talvez porque ainda não tenha interiorizado bem a ideia de que um alemão consiga de facto fazer algo tão bonito como a musica dele. Tenho o Mp3 comigo, como sempre, hoje não oiço telefones, não vou para o messenger, não me procuro no hi5, nem telefono a minha melhor amiga, hoje o mundo não me é nada, só anseio pelas ruas de Lisboa, porque lhes sinto falta, porque gosto dos prédios velhos e antigos e pergunto-me sempre porque não os arranjam, mas depois apercebo-me da beleza que têm com este aspecto de coisa abandonada, tal como eu me sinto quando passo por eles, olhamos um para o outro e dizemos "bom dia" em silêncio, mas percebemos porque nos cumprimentamos, porque gostamos de nos ver. Anseio por estas ruas porque me perco nelas, se entro no Bairro Alto nunca sei onde entro e por onde saio, vejo os bares que a esta hora estão fechados, vejo as lojas que nunca vejo em mais lado algum, a ruas carregadas de copos de plastico de noites passadas, os cheiros de comidas que vêm das casas, misturam-se tão bem, interligam-se mutuamente entre si. Gosto de ouvir berros, de pessoas a falarem alto, ao mesmo tempo que me mortificam o espirito fazem-me lembrar que não é nada comigo e eu sorrio sozinha porque acho piada ao linguajar, aos sotaques...as misturas de raças que agora invadiram todo o lado. Sento-me então a beber chá, adoro beber chá em tardes chatas, será sempre um ponto de reflexão da minha própria condição humana, beber chá lava-me a alma e cura-me o cansaço das pernas.
Doi-me o braço, bati contra a porta e é uma dor que se mistura com todas as outras que hoje tenho e estou de facto em trabalho de parto com toda a dor que tenho. Nunca sei o que quero realmente, mas quero sempre muito mais que o que tenho, apeteceu-me dizer isto.
Hoje queria falar de tudo e de nada ao mesmo tempo, as vezes nunca percebo o que digo aqui, digo o que me passa pela cabeça na hora em que faço o login, depois despejo, como se fosse o "Pensatorio" do Harry Potter, lá ficam, lê quem quer, gosta quem lhe apetece e de resto pouco me importa, nunca agradei propriamente a maiorias, eu gosto muito mais de coisas pequenas, expcepto nos cães e nos homens, isso é sempre grande, mas gosto de grupos exclusivos, de sitios pequenos onde tenho sempre os braços encolhidos a tentar não queimar ninguém com o cigarro, gosto de proximidade, de intimidade com espaços e pessoas, mas gosto da minha bolha de ar que me protege ainda mais.
Hoje não estou para musicas profundas, com letras complicadas, estou para o basico, estou para determinar a confusão dos meus textos, para violar a ordem dos acontecimentos, estou num filme, onde vejo através da janela a acção toda.
Apetece-me também dançar, não quero nada de coisas a discoteca, quero algo organizado, quero movimentos com treino e audácia, quero tanto rodopiar daqui para fora que só me consigo imaginar num salão vazio a mexer as ancas feita doida.
Não me liguem para o telemóvel, ele tem menos rede que bateria, e eu também não o atendo, ainda me doi o braço e custa-me escrever com uma mão, hoje estou maneta :(
Não quero falar com a minha mãe, ela faz-me perguntas dificieis "Quando vens a casa?", e a mim custa-me estar a mentir, assim acho que o meu silêncio é uma resposta simples de "Não sei" e evito levar com o sermão que se inclui todas as vezes que me atrevo a responder-lhe assim. A mulheres são dificeis, todos os homens concordam comigo por isso é que eu sei que é verdade.
A minha melhor amiga veio cá agora, ela odeia tirar fotografias e veio exprimir a sua indignação por carregar na merda de um botão, eu entendo-a, é minha amiga, por mim ela não carrega em mais botões para o resto da vida dela, embora curta ao máximo a má disposição com que ela fica quando lhe fazem estes pedidos. Adoro pessoas mal dispostas, são a prova viva de que eu sou resistente.
Não quero ir para casa, adoro a minha familia, mas odeio a viagem, só faço o que realmente gosto e hoje gosto de não fazer nada. Eles sabem disso, embora a minha mãe seja a mais teimosa do clã e insista que eu deva mudar urgentemente, ela diz que eu sofro de neuroses, eu digo que a puta da menopausa é lixada. O meu pai tem um universo nas núvens, anda lá na maioria do tempo e depois lembra-se de mim quando tem muitas saudades, gasta 40 contos a vir a Lisboa, almoça comigo e volta as núvens, o meu irmão tem um namoro que eu irei ter daqui a uns meses, sem sexo, a distância...mas ele sobrevive, eu também o irei sobreviver. O meu mais novo (como eu adoro chama-lo assim!!!) tem 19 anos, mas eu ainda o vejo de fraldas...esqueci-me do aniversario dele a pouco tempo, ou seja telefonei 5 minutos antes do dia acabar, mas ele perdoa-me sempre, o que me faz feliz, gosto de ser perdoada pelas minhas falhas, porque nunca as faço de proposito. A minha avó é fixe! Eu gosto de dizer isto, e ela fica passada, é uma senhora de respeito segundo ela mesma e a neta preferida não lhe deve falar assim, é sensivel, mas depois encho-a de beijinhos e de abraços e ela dá-me mangas para eu comer e bolinhos secos que faz com uma extrema paciência.
Passo o meu dia sem pensar neles, embora me sejam tão importantes como ar que respiro, gosto de saber que existem, e a mera existência para mim é motivo de despreucupação em relação a tudo o que me rodeia, dou valor ao amor que tenho por garantido, sei que está lá e vou busca-lo quando me apetece. Preciso de muito amor.
Vou ganhar uma medalha, na proxima sexta tenho o peito em risco, vão tentar espetar um objecto perfurante na camisa sem me furarem o peito...ainda bem que não tenho silicone, seria um desgosto ver o peito se esvaziar e tirar a medalha com uma cena de plastico atrás.
As vezes tenho a certeza que oiço musicas foleiras e tenho vergonha de dizer aos meus amigos, no meu quarto desaba a terceira guerra mundial todos os dias, mas eu que odeio a confusão consigo gostar de o ver revoltado porque depois sempre tenho o que fazer. Sou muito dorminhoca, se me encosto em algum sitio adormeço e peço sempre a Deus para ser Espanhola, porque queria ter direito a hora da "siesta". As minhas amigas dizem todos os dias que sou bipolar, o que me faz sentir especial, é uma forma delas me dizerem que as vezes sou mesmo dificil, nunca compreendem o meu estado de espirito e adoram o meu sentido de humor, digo isso porque se riem do que digo, o que a dada altura não é benefico para o meu credito, mas foi algo que nunca procurei. Gosto de ensinar, tudo o que sei gosto de dizer aos outros, venho a net e amo o Google, faz de mim uma gaja esperta, e dá-me inteligência para saber o que a mim me interessa e o que aborrece de morte os outros. Gosto de ler signos, e é patetico, sei bem o quão ridiculo aquilo me soa, mas leio na mesma, acho estranho.
Gosto de astronomia, adoro planetas e as vezes penso que existem pessoas a viver no sub-solo de todos eles e que os Americanos escondem isso da gente, para mim os Americanos têm culpa de tudo, até da minha roupa não secar a tempo de a vestir.
Tenho um odio visceral dos Morangos com Açucar...precisava de tirar isto de dentro de mim!
No futebol sei o que é um fora de jogo, a maioria das mulheres não sabe, isso faz-me feliz.
Joguei volei durante 3 anos e hoje em dia levantar o braço é uma coisa que me custa a pala disso.
Sou asmatica, mas fumo como a porra.
Apetece-me comer batatas fritas com batido de morango, é o meu aperitivo preferido, e ovos estrelados com açucar também gosto, é nojento eu sei, mas a mim sabe-me pela alma. Gosto do doce com o salgado, para existir um o outro também tem de estar presente.
Não sei se gosto muito de mim, mas faz-me bem dizer que sim e querer acreditar nisso é essencial para eu escrever tanta merda por metro quadrado.
Gosto muito de ouvir o Bruno Nogueira, tem um bom sentido de humor.
Penso que o euro Milhões iria resolver muitos dos meus desejos, mas ele nunca me calha, é tipo o génio da lâmpada, eu farto-me de esfregar a puta da lâmpada mas o gajo teima em ficar lá dentro, o que ele quer sei eu!!!
Acreditei no Pai Natal até ao ultimo Natal, depois fartei-me do gajo e agora sou adepta do Coelho, mas também não gosto muito da Páscoa, afinal de contas mataram um homem nessa altura, com pregos, não creio que consiga festejar uma coisa destas. Sou fã é de ferias, mas também não as tive, foi só uma ideia passageira que calhou aos outros.
Odeio a frase "Só os duros é que penetram", não gosto do tom desta frase.
Não gosto a TVI, e não é por causa do Morangos, não gosto porque prefiro a SIC, a TVI parece a Revista Maria ao vivo com a Moura Guedes como interlocutora...haja gosto nesta vida!!
Gosto de vacas, acho que são simpaticas.
Fumei 6 cigarros enquanto escrevi este texto, adorei.
Espreita tu és o meu melhor amigo e sabes disso, o meu maninho querido, nenhum homem me atura tanta neurose como tu e eu nunca te agradeço a paciência, mas os amigos são mesmo assim, curto-te a brava!
Digo asneiras de uma forma convincente, foi para isso que elas foram criadas, para dar enfase a ideias que só por si não têm fundamento, não é para me chamarem de mal educada, escusam de ofender a minha santa mãe que não merece, ela esforçou-se tanto e não era justo dizerem uma coisa dessas. Para além do mais eu parto os dentes a quem fizer isso!
Não gosto de uma civil que anda por cá, tem cara de sapo e usa o Printil, a mulher é caloteira, linguaruda, falsa como as cobras, quando vai ao WC não faz a descarga, toda a gente sabe é ela, o Printil não engana!!!
Adormeço quase sempre por volta das duas da manhã, dai que haja sempre explicação para a minha má disposição matinal, para além disso tenho o vicio mórbido de pôr o despertador a tocar de cinco em cinco minutos.
Oiço musica sempre alto, nunca exagero no perfume que ponho, se pinto os olhos não pinto os lábios, se uso mini saia não uso decote, se uso decote não uso saia.
Gosto dos pasteis de Belém, não me preucupa a forma fisica, mas faço desporto e sou meia para o vegetariano, tenho horror em pensar que matam para eu comer, prefiro a ideia de que a carne nasce toda no Continente.
Sou livre, é um facto, mas tenho uma data de pessoas que mandam em mim e eu tento não ligar mas acabo por lhes fazer as vontades, também gosto bem deles, são bem dispostos e dizem "por favor", gosto disso.
Já tomei Xanax, é muito fixe, sonhava como a porra e eram sempre coisas más. Já fumei charros, mas não gostei lá muito, tinha consiência que se a minha mãe soubesse era deserdada, não é que me anime muito herdar vinhas e casas na Serra da Estrela...mas sempre é melhor que ser Benfiquista ou Sportinguista!!! :s
As pilhas do mp3 acabaram, bem como a minha paciência para escrever.

terça-feira, março 28, 2006

Hora de Almoço...

Como é critica a nossa hora de almoço...
As conversas atingem as vezes um nível de humor quase mórbido.
Rapariga X: A minha mãe veio super contente do ginecologista!
Rapariga Y: Então porquê?
Rapariga X: Porque estava tudo bem, até com o peso e tudo e melhor ainda, ainda não tinha entrado na menopausa! Ia voltar a tomar a pilula...
Rapariga Y: Ah! foi a revisão dos 30.000KM!!!!!
Rapariga X: ...
Nada comparado quando falamos das nossas avós, é sempre agradavel alguém nos dizer " Não consigo falar com a minha avó, não adianta, ela é surda!" Ou então, " A minha avó tem terrenos, mas é cega, acerta nas árvores todas!"
Melhor ainda é lembrar dos nossos animais domésticos...ou melhor, da forma como um rato é assassinado por uma menina de 4 anos que o enfiou num balde de água rás! Ao menos não se queimou nas mãos...
Gostei particularmente de me lembrar que já tive piolhos, papeira, e varicela...é sempre bom lembrar-me de comichões horriveis, de dores insuportáveis em todo o lado, andar desfigurada, sem dentes a frente, com o cabelo curto...mas também é fixe porque não ia a escola...mas como é que não querem adolescências complicadas se não nos facilitam nada a porra da infância!?
Também tem o seu quê de graça quando falamos de gases, e depois partilhamos a ideia, literalmente, o que eu acho estranho, nunca pensei que as mulheres tivessem tantos gases, especialmente dos sonoros...assusta-me um bocado, mas uma verdade é certa, só atingimos um elevado nivel de cumplicidade com os nossos namorados quando somos capazes de o fazer a frente deles, e eles acharem piada ao facto ou pelo menos não parecerem muito chocados...
Com as amigas isso é um dado adquirido...se não tos compram, tens que os dar!!

domingo, março 26, 2006

O meu povo

O meu povo é negro,
da cor da noite, da cor da força,
é o meu povo,
aquele que me viu crescer,
que brincou comigo nas praias ao domingo,
que me ensinou a respeitar a natureza,
a prezar a vida humana.
Agora fazem parte do meu passado,
já não me sinto mais sua filha,
eles sofrem na distância,
não se entendem entre eles,
e a lei que impera,
é aquela que passa por cima de todos.
Pouco sabem acerca da felicidade,
o meu povo, é de revolta,
de armas,
de sangue...
Nada temem, nada há a temer
quando já se sabe que se vai morrer.
O meu povo é uma dor minha,
um choro que só eu lhe conheço o sabor,
um lamento que os seus filhos não aliviam.
O meu povo é o meu princípio,
será um dia o meu fim,
poderá ser sofredor, matar e destruir,
nada disso o tira de mim.
É o meu povo,
negro,
ensanguentado,
cansado...
é o meu povo mesmo assim!

Angel 6/7/95 a muito tempo atrás eu fiz isto, e hoje lembrei-me dele, lembrei-me do que me liga a vida...

terça-feira, março 14, 2006

Não olhes para trás...

Vira as costas, não olhes mais para trás. Sabes bem que não vai valer a pena, que tudo é tão surreal para ser verdade que até acordada pensas que vives num sonho.
Mas podes acordar, aliás deves acordar desse sonho que é nada mais nada menos que um pesadelo.
A mentira é como o azeite, vem sempre ao de cima, e tu no fundo sabes a verdade, mesmo que não te digam qual delas é de facto a mais correcta, porque a dada altura é tanta gente a falar que nunca sabes para que lado te vais virar.
Lamento tanto o que te aconteceu, foi injusto e foi cruel, não tenho palavras para descrever o quão mau foi, não tenho coragem de te reavivar a memória porque sei o quanto te faz sofrer e o quanto te vai pesar na cabeça por longos tempos. O meu lamento mais não serve a não ser para te lembrar que existem coisas boas do outro lado e que muitas delas estão a tua espera para que agora as possas viver, como também eu as pude viver quando abri a porta. Então pega em ti, reúne as tuas forças e abre a porta, vem ver como o dia esta lindo, vem sentir o frio na cara, a chuva que já se despediu, o calor que começa a surgir devagarinho juntamente com as pequenas vidas que sempre acordam nesta altura. Abre a porta e sai a noite, vem ouvir as músicas que tu tanto gostas, vem te rir com os teus amigos que tanto adoram a tua presença e fazem questão de te ajudar a atravessar o teu deserto. Essa porta pode te ajudar a ter novos objectivos, pode te ajudar a crescer um bocadinho mais, porque os tombos que damos servem nada mais, nada menos do que para nos levantarmos dele e assim a mente evolui e passamos ao patamar seguinte, porque viver é ultrapassar patamares e cada um é sempre mais alto que o outro, mas se Deus não quisesse que a gente os vencesse, não nos faria tão fortes.
Acredita em ti, como pessoa que és, acima de tudo limpa-te de culpas, de remorsos, de palavras que querias ter dito mas que não conseguiste dizer porque as lágrimas atrapalharam tudo, arruma numa caixa bafienta as mentiras que te contaram, os insultos que nada eram senão despeito, coloca a tua dor no vazio e deixa-a ir se embora com o tempo, ainda não criaram pomadas para essa dor, para as outras tens o Panadol!!
Tens sempre o meu abraço, vais me ter sempre a teu lado para te dizer que tudo corre bem, e tu sabes que corre, no fundo desse teu desespero sabes que corre, pois eu sou a tua prova viva, sabes bem a minha história, a minha cruz…ajudaste-me a levar a minha, agora e como sempre na nossa vida eu vou te ajudar a levar a tua.
Temos os tijolos amarelos a nossa frente, quero que abras a tua porta, como eu abri a minha, quero que venhas para o sol comigo, de óculos escuros, com T-Shirts dos Fantastic Four, e Malteesers para adoçar a vida, dá-mos as mãos e lá vamos nós aos saltos com o Tóto, o cão imaginário (que mesmo assim odeias) fingimos que estamos em outra dimensão, que as coisas realmente aconteceram mas que agora é altura de andar para frente que nós fazemos com que o resto todo funcione, porque nós somos movidas pela força de vontade, não pela sorte. Lembra-te de mim e vais ter as soluções todas.

terça-feira, março 07, 2006

Ciúme

Tenho uma amiga minha que me serve de cobaia, olho para ela e digo todos os dias a mim mesma: "Se eu fosse assim, cortava os pulsos com uma faca de serra!!".
Vivemos as duas num quarto, temos que nos aturar sistematicamente 24h por dia e mesmo assim, temos sempre assunto, é uma coisa fantástica entre as mulheres, criar assunto. De qualquer forma ela tem um problema, não o posso considerar um defeito, mas sim um grave problema, pois ela não o consegue resolver de forma alguma. É o cúmulo do ciúme!! A mulher vive agarrada ao telefone, a espera de duas coisas, que o namorado telefone, ou que outras pessoas lhe digam que ela é de facto o "veado" do ano, isto porque a maldade das pessoas não vem com frases simples do estilo "ele tem outra", não, geralmente começam com a palavra bacanal e depois acabam com a palavra órgia, isto para ela não ter duvidas que ele prevaricou que chega...
Não percebo as vezes é qual é o interesse das pessoas nisso, acho um tanto ou quanto obscuro até porque não têm nada a haver com isso, se falarem vão ser odiados a mesma, acabam muitas vezes por perder amizades só porque a boca tem dificuldade em estar em stand by, e pior, nunca têm a certeza do que dizem, são apenas boatos, rumores, ouviram de outros lados...com que intenções?
Se a Victoria Beckam conseguisse ler (o que acho que já era altura menina) acham realmente que ela ia de facto deixar o Beckam? É cornuda, mas tem o Beckam! Creio que aquela parte em que ele faz anûncios para a Gillette tem muito a haver com o amor que sentem um pelo outro...ela não sofre por antecipação, quando o vir um dia na cama com a empregada lá de casa, ai sim...ela de certeza que pega e vai curar o par de chifres para um spa lindo na Tailândia, faz 30 plasticas e tratamentos de emagrecimento, junta-lhe uma banda gástrica no cerébro... e depois fica-lhe com os filhos, com o dinheiro, com as casas...mas até lá, a menina que é tão burrinha, tão tolinha, tão magrinha...vai curtindo a vida dela sem ter grandes crises existênciais! Porque não se deve sofrer sem certezas e essas só com os nossos olhos, não com os dos outros!
Eu como sou do mais básico que existe, ou seja, a melhor candidata a ter valentes pares de cornos, nunca desconfio de nada, e tento sempre adoçar a pilula, até porque uma coisa são outras pessoas verem, e outra é nós levarmos com a verdade pela frente e vermos o nosso namorado a sair de casa as 9 da manhã acompanhado de uma bela espanhola...é diferente!
O ciúme faz bem de vez em quando, existe sempre uma pequena satisfação em sermos alvo do ciúme, faz bem ao ego, começamos a pensar em duelos e em cenas com espadas e armas antigas...bottom line is...nós acabamos sempre no lucro, eles é que se lixam. Por outro lado quando somos nós a ter ciúmes, a conversa muda totalmente de figurino, as vezes até nos sentimos ridiculos por pensarmos certas coisas, sim porque ninguém trai 24h por dia, é um absurdo, normalmente as traições duram duas horas e fumasse o cigarro a descer as escadas. Não sei o que é ter ciumes, não é por nunca ter gostado, sou crente!! Tenho em mim uma fé muito grande nas pessoas, acredito que existam sinais que qualquer mortal se apercebe com relativa facilidade, as vezes não são as palavras, não são os gestos, mas sim a ausência de isso tudo, não existe nada e nós sabemo-lo bem, ninguém precisa de nos dizer, está a olhos vistos.
O ciúme definha as pessoas, a relação entre elas, é como se fossemos ver um filme e a nossa imaginação vai tão a frente que nem ainda chegamos ao intervalo e já sabemos o fim, ou pelo menos pensamos que sim, porque no ciúme não existem duvidas é tudo certezas, ouvimos os outros com afinco, vigiamos as saidas e os lugares, vasculhamos carteira e telemóvel, fazemos perguntas parvas que ninguém percebe, respondemos mal quando nos falam, montamos armadilhas em que os únicos a cair somos nós mesmos, isto tudo porque não acreditamos.
Por isso é respirar fundo...o que é afinal um par de cornos?! A certeza absoluta que somos melhores de caracter...nunca nos devemos deixar afectar pelas coisas más que os outros são capazes de fazer, corremos o risco de, com o tempo vir a fazer o mesmo ou pior...
Viver cada dia, bem devagar, enquanto ainda podemos, enquanto ainda somos capaz de ir a procura de uma felicidade ainda maior, ela acaba por vir de qualquer maneira, não se contraria o destino, pois ele vem ao nosso encontro.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Porquê?

Porquê que as mulheres gostam de ir a casamentos?
Porque existe sempre a esperança de ficar com o padrinho, com o cunhado, ou com o primo, ou então com os 3 ao mesmo tempo, mas isso depende do champanhe.
Porquê que as mulheres se envolvem com os chefes?
Porque eles insistem.
Porquê que os homens gostam de casamentos?
Porque podem beber a vontade, têm sempre companhia, a comida é fixe e provavelmente também comeram a noiva, a madrinha, a prima, a mãe…ao mesmo tempo!
Porquê que os homens se envolvem com as chefes?
Porque são mulheres.
Porquê que as mulheres vão juntas ao WC?
Porque alguém tem de segurar o casaco.
Porquê que os homens nunca vão juntos ao WC?
Porque não tiram o casaco para mijar.
Porquê que as mulheres se fazem de difíceis?
Porque só tens uma oportunidade na vida de não seres rameira.
Porquê que os homens são fáceis?
Porque eles nunca são rameiras na vida, no máximo são mesmo bons.
Porquê que as mulheres discutem o estado da relação?
Porque não querem saber do estado da nação, é só mais um assunto.
Porquê que os homens não discutem o estado da relação?
Porque para eles não existe relação.
Porquê que as mulheres lêem revistas de moda?
Porque querem ter a certeza que não se vestem tão mal.
Porquê que os homens lêem as outras revistas?
Porque tem sempre gajas semi-nuas, bem melhores que a esposa ou namorada.
Porquê que as mulheres gostam de futebol?
Porque a equipa Italiana é digna de se ver!!!
Porquê que os homens gostam de futebol?
Porque aprenderam a detestar novelas.
Porquê que as mulheres querem casar?
Porque a mãe lhes diz que é fixe.
Porquê que os homens nunca querem casar?
Porque os pais lhes dizem que o sexo fica uma merda.
Porquê que as mulheres choram?
Porque temos hormonas!!!!
Porquê que os homens não choram?
Porque não os vemos a chorar.
Porquê que os homens querem mulheres?
Porque sem nós a vida deles não teria a inteligência necessária para se sobreviver.
Porquê que as mulheres querem homens?
Porque lhes demos uma maçã, e agora temos de pagar por isso!!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Quando todos estão bem, tu andas mal!!

Quando todos estão bem, tu andas mal.
O trabalho é um inferno e tem o Lucifer incluido (o chefe), o sexo nem chega a inferno porque basicamente não existe e tens consciência que até o teu miserável gato (capado) tem mais assédio de ambos os sexos do que tu alguma vez tivestes. Toda a gente parece discutir contigo sem motivo aparente, passas a ter um alvo nas costas onde todos atiram umas setinhas só para o gozo, tentas vestir uma roupa qualquer que antes faria de ti o Rei ou Rainha mas nesse dia bem podias colocar um saco de batatas em cima que teria o mesmo efeito. Perdes o autocarro, chove a potes lá fora e o cabrão do guarda chuva que ofereceram a tua mãe numa promoção de detergentes tem os seguintes dizeres "Proud to be gay", é o único que tens e decides, ou te molhas, e andas o dia todo a espremeres-te pelos cantos com a roupa agarrada ao corpo ou então "assumes-te"...e levas com sermões de velhinhas e de padres pelo caminho a fora já para não falar de totiçadas se olhares para o lado!
Então lá vais tu de carro e, estás na segunda circular onde, existe sempre um asno qualquer que tenta ser mais esperto que tu e, com tanta esperteza acaba por levar a frente do teu carro, depois dás conta que é só um puto de 18 anos, não tem seguro e dificilmente passou a fase da puberdade, chora desalmadamente e tu sentes-te a pior das pessoas só porque decidiste trazer o carro para o serviço. Chegas ao serviço e o teu chefe já deixou 4 recados, um deles fala a cerca da pontualidade e, os outros reforçam somente a ideia de novo, tens de gerir o teu trabalho com a constante ameaça do chefe te aparecer por trás e dar vida ao cabrão do recado, com tanto stress até te esqueces da hora do almoço, comes uma miserável sandes no bar ao lado que até tinha um sabor estranho...já tás a imaginar onde vais passar as duas próximas horas? Pois é, e nem uma miserável revista te faz companhia, nem o telemóvel tem jogos suficientes para te entreterem, porque tentas a dada altura conciliar o que sai, com o barulho, ao mesmo tempo que abanas, dás decargas, na esperança que ninguém perceba que te esvais em merda, mas ao menos não te falta papel!
Depois do interlúdio da tarde tens mais ou menos uma hora para teres tudo pronto, mas...telefona a namorada ou o namorado, é mais uma das grandes crises da tua vida, todos os meses ela pode estar grávida, todos os meses ele pode ter engravidado a tua melhor amiga, porque sim, ela anda a comê-lo e tu nem dás por nada (daí o sexo não existir), e fala contigo durante mais uma hora sobre coisas que não te interessam, tipo que a mãe dela comprou mais um jogo de toalhas ou que logo ele vai a bola com os amigos do serviço dele, isto enquanto tu, sob efeito de anti-diarreicos, equilibras-te na secretária com toda a papelada que tens pela frente e já agora porque não, tentas acertar em alguma coisa que te pedem, o que é um feito! Desligas o telefone e está finalmente o patrão a olhar para ti, ergues os olhos, a dada altura procuras um buraco...o suor não cai, escorre, tens um aspecto tão merdoso que ele nem se dá ao trabalho de te dizer nada, mas ficou contente por saber muito mais da tua vida privada que aquilo que devia, até porque toda a gente adora essas merdas.
Finalmente o dia acaba, vais esgotado/a, conseguiste num só dia ganhar a hipotese de ter um carro novo...quando acabares de pagar o ultimo que jaz numa qualquer sucata ou seja, daqui a uns cinco anos, o trabalho podia ter corrido pior, mas também não sabes se correu bem porque não fazes a minima ideia do que andaste a fazer o dia todo, tens um andar novo, vai acabar por combinar com os dizeres do guarda chuva, mas tu sabes que foi por causa da sandes, os outros nem por isso, pensam outras coisas muito além de uma simples sandes, o guarda chuva dá um certo ênfase a essa ideia. A tua vida sexual vai continuar basicamente como está, a olhares para o teu gato a ser comigo a força toda por um outro gato e, tu nem sequer uma ameaça de roço tens. Vais ouvir os sermões da tua mãe, acerca de poupança, durante as próximas horas, o teu pai vai falar nas horas seguintes acerca de pneus recauchutados, e como não tens fome alguma, vais finalmente para a cama, depois de um longo banho de água fria.
Nem sempre temos dias fantásticos, mas conseguir superar um destes sem cortar os pulsos é uma grande proeza, grande prova de resistência humana!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Mulher militar

A melhor forma de vivermos bem é sabermos exactamente o que somos, e gostar disso mesmo. Sou militar a 8 anos, tenho orgulho nisso, no meu trabalho, na minha conduta, na minha forma quase desapercebida de viver o meu dia a dia, fazem de mim muito amante de mim mesma. No entanto uma coisa que dá uma profunda tristeza é ter de ouvir palermoides que nem capacidade tiveram para cá porem os pés a darem opiniões completamente estupidas, sem fundamento ou lógica a cerca de algo que não percebem. Como é fácil ser filhinho de pápa e ter o curso pago na puta da privada, usar fatinho e pensar que de algum modo ganharam uma superioridade quase divina, como é fácil menosprezar o esforço dos outros quando nem se sabe o que é trabalhar para pagar os estudos, como é fácil viver a custa dos outros, ter crises emocionais, passar a vida no psicologo e dizer "a vida custa-me".
Não admito a ninguém que falem mal das mulheres na tropa, não admito que façam de nós um tipo de prostituta barata a quem todos colocam a mão, somos tão dignas e tão sérias como qualquer outra mulher, não somos especiais, nem temos a mania que é tudo nosso, trabalhamos cá, como qualquer homem trabalha, temos as mesmas regras e a disciplina será sempre a nossa voz de comando. Ando farta deste tipo de opinião, a primeira coisa que perguntam quando sabem que somos militares é "E então, fazem-se muito ao piso?", mas afinal quem é que ésta gente pensa que somos? Estamos cá é para trabalhar não é para ser colchão de ninguém, estamos cá para evoluirmos na vida não andar de cavalo para burro, essas faltas de respeito só existem se e só se nós dermos vazão a elas, e se algum dia isso acontece ao menos temos força o suficiente para mandar um murro nos cornos, porque no fundo não temos nada a perder, e a dignidade pessoal é sem duvida a melhor coisa que temos.
Será que as meninas civis são assim tão serias? Eu cá acho que não, até porque saio muito, tenho a faculdade e outros grupos de amigos e uma coisa é certa, a facilidade com que abrem as perninhas não é diferente de qualquer outra, por isso não percebo o porquê de só nós sermos as doidas, as malucas, as fáceis...quando eu vou a uma discoteca e vejo as pitinhas e outras tantas a esfregarem-se seja a quem for, a serem agarradas a força toda e com um sorriso nos lábios.
As pessoas realmente vivem da imagem, do preconceito, da estupida mania de terem ideias pre-concebidas a cerca de coisas das quais não fazem parte. Não são capazes de dar o beneficio da duvida, de pensarem que a decência e os valores morais não se vêm por aquilo que se diz, mas por aquilo que se faz, elas são todas tão santinhas, tão perfeitinhas naquela forma abstracta de ser...são o caralhinho!!!!!
Não somos melhores do que as outras, mas não podemos admitir que só porque trabalhamos com homens que de um momento para o outro isto se torna o bar aberto cá da zona, tenham respeito pelas pessoas, enfiem os vossos julgamentos no rabinho que lá é que estão bem, com a prole, não sejam tão absurdos como toda a gente sabe que são, ninguém precisa de ter que levar com paranoias e com invejas, querem homens, andem atrás deles, comam-nos a todos, a nós pouco nos interessa, porque o nosso homem já temos, já somos na nossa maioria casadas, com filhos, com responsabilidades muito acima das vossas, com objectivos muito mais seguros e com uma maior probabilidade de sucesso, estudamos e pagamos a nossa vida universitária, saimos as tantas do trabalho e ainda vamos a faculdade, andamos 24 horas ligadas a corrente porque nos podem chamar a qualquer altura, mesmo assim, somos pessoas de nos saber divertir, temos boas amizades umas com as outras e partilhamos a nossa vida com as que são as únicas capazes de nos perceber porque passam pelo mesmo, sabiam que mais de 80% das mulheres militares são formadas? Sabiam que 55%, delas são mulheres casadas e com filhos? Sabiam que nós fazemos serviços de 24h e no dia a seguir ainda somos capazes de trabalhar, arranjar forças para estudar para um exame? Sabem lá como custa deixar o filho nas mãos de estranhos e só o voltar a ver no dia a seguir? Não, não sabem, porque é sempre melhor olhar para os outros de lado, é sempre melhor ver o cisco no olho de alguém do que a trave a nossa frente, fazem isso porque têm a certeza que cá ninguém vos aceitava, pela vossa nitida falta de ambição, de força e vontade de sacrificio, porque por mais estranho que vos possa parecer, nada cai do céu e nós vamos atrás do nosso, é essa a nossa diferença! Foi uma escolha nossa, lutar pelos nossos filhos, pelo nosso futuro, porque a nós ninguém nos pagou o curso, a nós ninguém deu a oportunidade de ser outra coisa, só a tropa nos deu a mão e acreditou em nós. Ainda assim somos obrigadas a ter que levar com esses comentários ordinários, criados por puro despeito e por uma valente falta de humildade, porque uma coisa é certa, a tropa é uma lição maravilhosa de vida, ensina-te a ser humilde e com humildade chegas a todo o lado, não tens medo de nada!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Desafios meus

Sou uma lutadora nata! Se as minha lutas ficassem estampadas no meu corpo eu era o Rambo, versão femenina!
Habituei-me desde sempre a conseguir sempre o que quero, não baixo os braços! Tudo na minha vida me aconteceu depois de uma valente luta, no fim estou sempre esgotada, a dada altura nem sei se valeu a pena, mas gosto de saborear bem as minhas vitorias.
A minha maior vitoria é sem duvida o meu cursinho de enfermagem...cada vez que me lembro das pessoas a dizerem que eu nunca ia conseguir, que era um curso demasiado dificil de se fazer, que já não tinha idade para estas coisas, que devia era me casar, parir uma penca de filhos e comer doritos para o resto da minha vida (versão das minhas ricas tias)... modestias a parte e bem longe de mim...I love me!!!
Não existe na minha vida um orgulho tão grande como esta vitoria, nada me faria tão feliz como fui no dia em que vi na pauta a lista de colocados e lá estava eu, com a minha primeira opção...admitida...
Chorei, confesso que foi um desgaste emocional tão grande que quando finalmente vi, acreditei que passado tantos anos eu finalmente tinha conseguido, e não era privada (não que tenha algo contra as privadas, mas, o sabor é diferente) era uma faculdade publica com uma super média, mas eu estava lá, agora é este o meu novo desafio, finalizar o meu curso querido pela qual lutei tanto.
Todos os dias eu coloco um desafio novo para mim, no desporto aprendemos a ser disciplinados, temos sempre metas a atingir e não nos ficamos pelas que já superamos, com o meu curso eu estableci as mesmas metas, dado que eu trabalho, tenho de fazer as coisas de forma metodica, gradual, sem me desesperar com a minha própria ansiedade que de vez em quando se torna num tormento para mim. Tenho tido vitorias ao longo deste curso, coisas pequenas que para mim são tão grandes que me preenchem inteiramente sem dar espaço a mais nada, a dada altura começo me a esquecer do resto todo que me compõe, deixo de sentir falta das coisas, das pessoas, só me centro no que eu quero, o resto passou a ser superfluo demais para eu levar a serio. Mesmo que me aconteçam outras coisas igualmente boas eu sei que nada me retira mais a atenção do meu objectivo, é isto que eu quero, e diga-se de passagem, não existe nada melhor do que a gente saber realmente o que se quer, torna-se num vicio, torna-se a nossa vida.
Este foi o melhor mês da minha vida, cresci mais neste mês do que em qualquer outra altura da minha vida, pois vi evolução em mim, mais garra que aquilo que eu costumo ter e sinto-me feliz por isso. Desprendida do mundo eu criei o meu mundo aparte de tudo, a minha faculdade, o meu trabalho, o meu desporto, as minhas noitadas, a minha leitura, o meu silêncio, a minha musica, os meus passeios por Belém...tudo isto me completa, nada me completa tanto como o que eu faço por mim, talvez seja o meu egoismo a vir ao de cima, talvez seja eu a dar conta de que esta na altura de deixar de ser a babysitter, quando ninguém o é para mim. Se eu não cuidar de mim, mais ninguém o fará e a única pessoa que algum dia o fez, já não existe mais. Existem momentos na vida em que temos de despir a versão de Madre Teresa de Calcutá, talvez porque seja um fardo demasido grande para se carregar, mas também porque não podemos basear a nossa existência a viver dos problemas dos outros, a colocar panos quentes e frios, a lutar por que não sabe sequer o que é esforço. Nunca deixei um amigo meu sem apoio, mas neste ultimo mês, eu quis e não tive, ninguém foi capaz de me perguntar se ao menos eu estava bem, enfiados e embrenhados nas suas proprias felicidades não se lembraram de mim. Habituei-me a nunca exigir, a não pedir fosse o que fosse dos outros, eu sempre dei, o que tinha chegava bem para todos e para mim. Mas depois eu fiquei parada no tempo, eu olhei a minha volta e vi quem realmente pensava em mim, era eu, somente eu. Por isso, a minha próxima vitoria é manter o que eu tenho, o que eu sou.
A felicidade tem um caminho de tijolos amarelos, como no Feiticeiro de Oz, podem sem enjoativos, a cor é de facto uma merda, podem ser sempre a subir, ou sempre a descer, com curvas ou sempre a direito, mas o que importa mesmo é saber segui-lo, nem que seja só com a própria sombra, por vezes é uma melhor companhia.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Minha Ruiva

A minha Ruiva é a minha melhor amiga! Já somos amigas a uma infinidade de anos, e o mais estranho é que no inicio, quando nos conhecemos mal nos falavamos...no entanto fomos das poucas a passar de ano e fomos colocadas na mesma turma no ano a seguir, a partir daí, tornamo-nos unha e carne e mesmo longe conforme estamos somos muito uma para a outra.
Como é que alguém se torna nossa melhor amiga?! Fácil, pela fidelidade, não tenho ninguém neste mundo que me seja tão fiel como ela, não imagino a minha vida sem a pureza da amizade dela, tão desinteressada, tão minha defensora e co-adjuvante em tudo o que faço, não é por definitivo a pessoa que me passa mais a mão pela cabeça, é literalmente a pessoa que me dá mais na cabeça, tem sempre os sermões devidamente catalogados para cada ocasião, aquele narizinho impinado, e o dedinho a dar a dar são a imagem de marca dela quando nos prega um valente sermão, no entanto tem a doçura de uma pequena criança quando nos abraça, faz-me sempre sentir tão bem quando chego a terra que a primeira coisa que faço depois de pousar a mala é ir ter com ela e contar-lhe tudo o que tenho feito enquanto estou longe, ela é sem duvida alguma um dos motivos pela qual me sinto feliz por voltar a casa, é como se voltasse ao meu mundo de novo. Uma das coisas que eu lhe posso e devo agradecer foi ter vindo para onde vim, na altura este era o sonho dela, era o que ela queria, passou 3 anos da vida dela a dizer para irmos, que ia ser bom, que iamos ter finalmente a nossa liberdade, eu vim, ela não, valores mais altos se levantaram, foi através dela que eu tive a força que precisei tantas vezes para não voltar para trás, lembrava-me dela a massacrar-me a cabeça para correr, para me esforçar, andavamos sempre a reboque uma da outra!! Se atravessei o meu "deserto" foi porque ela estava a meu lado.
Admiro-te muito por tudo o que és, pela tua teimosia, pela tua insistência permanente de levares sempre a tua adiante, por te establizares na pessoa que és ao longo dos tempos, por termos partilhado as mesmas asneiras, por me teres dado o melhor presente que alguém pode receber de alguém, a honestidade. A minha equipa és tu, a minha maior fã em tudo o que faço, a minha apoiante desmedida mesmo quando me demonstras que estou errada!!
Princesa...estou a voltar para casa!!
See you soon!!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

De bem...

Fiz frequência hoje...
Muito bem! Foi a sensação com que fiquei, sai de lá satisfeita, a dada altura nem me preucupei em verificar nada, só para ter a certeza morbida se estava certo ou não, era indifirente! A energia que tem circulado por mim tem sido um abuso, tem sido mesmo de loucos, é fantastico quando nos sentimos bem conosco, com a vida que levamos, com o cansaço que já não atrapalha mais nada, com as coisas que correm menos bem e de alguma forma se resolvem por si mesmas, estou mesmo muito feliz hoje, nunca pensei sentir-me tão feliz sem razão alguma, é só uma sensação que a dada altura me faz sorrir, resolver as coisas sem stressar, apreciar o meu mundo e a forma como o adoro...
Ser feliz não depende de nada a não ser de nós mesmos, ninguém nos faz feliz, o dinheiro não nos faz feliz, evoluir no trabalho não nos faz feliz...porque é tudo tão efémero...tão básico comparado a satisfação de realmente estar bem sem nada nos acontecer...