segunda-feira, novembro 14, 2005

Onde para a felicidade?

Todos procuramos de alguma forma a felicidade, ou seja coisas e acontecimentos que sabemos de antemão que nos vão fazer bem. Não é igual para todos, o pior é que muitas vezes não sabemos onde a procurar.
As vezes pergunto-me se procurar será o ideal, se não é melhor deixarmo-nos marinar um bocadinho para ela cair nas nossas mãos, eu costumo dizer que quando estou calma é que as coisas boas me acontecem. Mas o ser humano luta por instinto, desafiamo-nos a toda hora para tentar alcançar o que queremos, umas vezes somos bem sucedidos, em outras não tão bem e aprendemos também a viver com isso.
O que me faz feliz são as pessoas, quando consigo de alguma forma saber que exerci influência da melhor forma na vida delas, quando tenho um 18 na faculdade sou mesmo muito feliz, quando acordo de manhã e não tenho sono também é bom, quando a minha grande amiga me abraça e diz que me adora, quando estou com a minha "filha" emprestada e seguro o filho dela nos braços sou mesmo a pessoa mais feliz deste mundo, quando a minha mãe está calma, quando o meu pai está de folga, quando o meu irmão arranja trabalho que gosta, quando o meu chefe agradece o meu trabalho, quando oiço a minha música preferida, quando chego a sitios onde adorei estar e tenho a sensação de pertencer a esse mesmo lugar, quando termino um livro, quando danço...sou feliz todos os dias basicamente, mas temos sempre a sensação que poderiamos ser mais, ter mais, no entanto, é nas coisas simples que reside a verdadeira noção de se ser feliz.
Uma das coisas que me preucupa sempre mais é a minha saúde, pois se não a tiver posso ganhar o Euro milhões, ter 20 na faculdade e tudo o resto que não vai importar, não terei forças para desfrutar disso, então de que me adianta? Nunca nos lembramos disso, o nosso caso também é sempre pior que o dos outros, porque na maioria das vezes metemos isso na cabeça, nem nos passa pela cabeça que cada qual tem a sua própria forma de encarar a vida. Eu tenho amigos que parecem ser inatingiveis, quando era mais pequena pensava que o meu pai para além de ser o pai Natal, era igualmente o Super Homem, a dada altura da vida deles também os vi lutar como qualquer mortal, só havia uma diferença, não tinham tempo para se lamuriarem como a maioria.
Prioridades na felicidade, cada coisa de cada vez, devagar, sem grandes pressas, o que atingir é lucro, o que ficar para trás, a dada altura também deixa de ser importante, mas nunca devemos ir abaixo sem dar luta primeiro, um bom desafio é sempre uma mais valia!